quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Lutando com o Anjo Mau

Claro que alguns eventos foram marcantes, mas alguns foram especiais. Eu acompanhava o meu pai nos seus estudos bíblicos, e algumas vezes o demônio tomava conta das pessoas. Foi ali em Populina, que, pela primeira vez, pude ver as forças de Satanás se manifestando diante do ser humano. E meu pai lia a Bíblia diante daquelas pobres pessoas dominadas pelo anjo mau. Outras vezes cantava (ele cantava sempre o hino “Castelo Forte é Nosso Deus”). Ainda tenho em minha mente as imagens de uma visita que meu pai fez à casa da irmã Antonia (acho que esse era o seu nome) e ela estava possuída. Para piorar a coisa, a casa dela ficava do lado do cemitério. Interessante, que eu nunca ficava com medo. E ela ria do meu pai cantando. Na verdade, o demônio dentro dela é que ria. Mas, ali, à luz de lamparinas, pois não havia luz elétrica, meu pai continuava cantando. Um guerreiro de oração, que parecia tão frágil e sem poder.
Ainda me lembro dessa casa que por estar ao lado do cemitério convivia com clarões de fogo fátuo (um gás se desprende dos ossos e entra em combustão ao juntar-se com o oxigênio.). Aqueles clarões vagavam fantasmagoricamente pelos pastos e acendiam e apagavam. As pessoas pensavam que era “alma penada”.
Num dia especial, me lembro de outra casa. A mulher estava endemoniada. E ficou na minha mente o momento em que o demônio a deixou. Ele a sacudiu violentamente, e ela caiu da cama onde estava e foi para o chão.
Tudo isso era muito forte para uma mente infantil e talvez por isso permaneceu.
Uma noite, aconteceu algo incomum. Meu pai sonhava que estava lutando com o Diabo. Um anjo forte e bem mais alto do que ele. Tinha grandes asas (pelo menos essa é a figura que eu guardo em minha mente) e meu pai parecia tão fraco diante dele. Ele segurava as mãos de meu pai no alto. Na verdade era uma luta desigual. Meu pai recitava versos da Bíblia (esta era a arma de meu pai) e chegou o momento que meu pai parecia que ia vencer. Conseguiu fazer com que o anjo mau fosse ao chão e ele o pisou.
Neste momento acordamos com um forte estrondo no telhado e o bater pesado de asas.
Só por isso já seria de arrepiar, mas havia algo mais ainda. Não apenas o meu pai havia sonhado aquele sonho, mas minha mãe também estava sonhando o mesmo sonho e tudo leva a crer que eu também sonhava o mesmo sonho.
Já ouviram falar de teleconferência? Pois essa era uma espécie de “sonhoconferência”. Três sonhando o mesmo sonho ao mesmo tempo. Todos ouvimos o ruído e todos acordamos juntos.
Creio que Deus queria mostrar ao meu pai que ele deveria usar sempre a Palavra de Deus e seria vencedor. Na verdade, meu pai tem muitos e muitos textos da Bíblia de cor. Isso o ajudou muito em seu ministério. E assim foi que um simples professor, que naquela época tinha apenas o “ginásio” completo venceu o inimigo (claro que com a ajuda de Miguel e Sua Palavra).


Anjos nos defendem
Certa noite fomos visitar o irmão Ermelindo Martinelli e sua família. Enquanto os adultos ficavam na sala conversando as crianças foram brincar na frente da casa.
Ali estavam eu, a Emerli e o Mário Martinelli. Estávamos tranqüilos brincando quando ouvimos vozes. Ao sairmos para rua vi um grande número de pessoas que vinham falando em voz alta. Eles tinham paus e pedras nas mãos e pareciam zangadas.
Chamamos nossos pais e eles vieram para fora. Parece que houve uma conversa à distância. O fato é que os perseguidores deixaram ali os paus e as pedras e foram embora.
“O anjo do Senhor” continuava acampado ao nosso redor.

Certa noite fomos visitar o irmão Ermelindo Martinelli e sua família. Enquanto os adultos ficavam na sala conversando as crianças foram brincar na frente da casa.
Ali estavam eu, a Emerli e o Mário Martinelli. Estávamos tranqüilos brincando quando ouvimos vozes. Ao sairmos para rua vi um grande número de pessoas que vinham falando em voz alta. Eles tinham paus e pedras nas mãos e pareciam zangadas.
Chamamos nossos pais e eles vieram para fora. Parece que houve uma conversa à distância. O fato é que os perseguidores deixaram ali os paus e as pedras e foram embora.
“O anjo do Senhor” continuava acampado ao nosso redor.