terça-feira, 8 de dezembro de 2009

1957 - Inicia-se meu “Grande Conflito”



No início desse ano, talvez antes, na verdade não sei, Deus chamou um anjo e disse:
“Está vendo aquela cidade ali, Santo André, no estado de São Paulo, no Brasil? Ali tem um hospital, Hospital Brasil. Vai nascer naquele hospital um menino. O nome dele será Jonatan de Oliveira Conceição, filho de Lázaro Jovino da Conceição, o Lazinho. Sua mãe é a Alda Oliveira da Conceição. Quero que você fique com ele. Proteja-o no que for necessário e se possível, traga-o para mim.”
Esse anjo tem me acompanhado desde então. Só o vi uma vez. Pelo menos eu acho que vi. Foi um lindo sonho:
Eu estava numa janela olhando para um lugar branco, bem iluminado, mas que eu não saberia identificar. Um rapaz havia caído e estava no chão.
De repente, por outra janela ouvi um barulho forte, mas suave. Algo como um “PUFFFFFFF”. E dois anjos entraram voando. Eles estavam indo para atender o rapaz ferido.
Eles eram lindos. Transmitiam paz e felicidade. Sua roupa parecia um vapor de um branco brilhante. Por toda roupa parecia haver algo parecido com botões, mas eram luzes avermelhadas como se fosse de neon. Que espetáculo! Nunca me esqueci.
Então, como num passe de mágica, “caiu a ficha”. Olhei para um dos anjos e eu não sei explicar como, imediatamente, só de olhar para ele eu soube que era o meu anjo.
Uma alegria que nunca senti invadiu a minha alma e dentro de minha mente parecia explodir a frase: “É o meu anjo! É o meu anjo! Meu anjo!”
Claro que os dois perceberam minha alegria e ao mesmo tempo minha excitação e os dois pararam por um instante e olharam para mim. O outro anjo olhou para o meu anjo e disse apenas pelo olhar, porque ele não abriu a boca, mas o meu anjo entendeu: “Vá até lá e fique com ele um pouquinho, ele está tão feliz.”
Eu quase não podia acreditar. O meu anjo estava se aproximando. Que alegria! Que alegria! Nunca me senti tão feliz em toda a minha vida.
Infelizmente sonhos acabam nos melhores momentos. Acordei. Mas nunca me esqueci. E eu sei, que no momento em que eu ver o meu anjo, saberei com toda convicção de que é ele. O meu anjo. O mesmo que me acompanha desde 1957.
Não sei se foi no mesmo dia em que Lúcifer chamou um de seus anjos e disse:
“Está vendo aquele hospital ali em Santo André? Vai nascer ali um moleque. Parece que os pais já escolheram o nome para ele, Jonatan. Gruda nele e se possível acabe com ele.”
Felizmente o meu anjo, enviado por Deus, tem sido muito mais forte e poderoso. Espero que ele cumpra a sua missão e me leve de volta para o meu Pai, meu Deus.

Claro que a gente não se lembra do dia em que nasceu e muito menos dos primeiros momentos, mas tudo começou (pelo menos do lado de fora de minha mãe) no dia 04 de abril de 1957, em Santo André, no estado de São Paulo. Meu pai trabalhava na Casa Publicadora Brasileira. Minha mãe também fazia alguns desenhos para a CPB e um dos personagens criados por ela que permanece até hoje. É o Noguinho. Naquela época ela criava as “Cartas Enigmáticas do Noguinho”. Na verdade do Noguinho de minha mãe só sobrou o topete, porque ele foi mudando com o passar dos anos.
Deus me colocou em um lar Adventista e isto já é um privilégio muito grande.
Não me lembro, mas minha mãe conta que quando ainda pequeno, em Santo André, um dia estava brincando próximo à minha mãe, e havia um tanque, uma piscina nas imediações. E eu, curioso, descobrindo o mundo, fui em direção a esta piscina. Minha mãe, quando percebeu, eu já estava dentro d’água. Esse foi um dia em que o meu anjo trabalhou um pouquinho mais, e o anjo da minha mãe também, porque teve que acalmá-la.
“O anjo do Senhor se acampa ao redor dos que o temem e os livra.” Salmos 34:7