quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

1972 - Morando em São Paulo

1972
Em 1972 nos mudamos para São Paulo, onde o Pr. Campolongo iniciou uma série de conferências em Vila Alpina. De fato, não era apenas uma conferência, mas diversas, pois havia conferências em Vila Ema, Sapopembra e outros lugares mais. Ele tinha o auxílio de alguns teologandos e eu ajudava na montagem do som, projetores e outras coisas mais. Na verdade até hoje me lembro de sair com um carro com um alto-falante movido a bateria, falando em um microfone: “Não percam! Nesta noite no Cine Sapopemba, grande conferência com o Prof. Alcides Campolongo, orador do programa Fé Para Hoje. Venha e traga a sua família. A entrada é totalmente grátis.”
Lembro de uma noite especial. Estariam se apresentando o Pr. Roberto Rabelo e o quarteto Arautos do Rei, da Voz da Profecia. Nem me preocupei em montar o som para aquela noite. Afinal de contas o som constava de duas “cornetas de som” (uns alto-falantes bem velhos), um amplificador a válvula, bastante gasto e um microfoninho. O som realmente era de quinta categoria.
Mas aquela noite seria diferente. Estaria cantando o quarteto Arautos do Rei com o som da Voz da Profecia.
Eles chegaram e começaram a montar o som. Puseram as caixas, o amplificador, os microfones e... Mas o som não funcionava. O Eclair Cruz, tentou, tentou... Outros do quarteto também vieram, mas... nada funcionava. Tiveram que cantar com as minhas velhas “cornetas” e apenas um microfone: “aquele, pequenininho e pretinho”.
Anos mais tarde, já trabalhando na Voz da Profecia, comentei com o Pr. Conrad sobre esse episódio, e rimos juntos.

Novas cidades e as primeiras experiências com comunicação


Na foto acima, da direita para a esquerda, Jonatan, aos 14 anos, Ester, Silas e David Conceição.
Esta foto foi tirada em Votuporanga.
Posteriormente meu pai foi transferido para Urânia e ficamos alguns anos ali. Tenho boas lembranças desse lugar. Das visitas ao sítio do bom amigo Ananias, que eu nunca mais vi. Onde andarão o Ananias, o Hélio e a Terezinha???
Mudamos novamente, desta vez, para a cidade de Votuporanga. Ali ocorreria uma mudança na vida de meu pai, e talvez na minha também. O Pr. Alcides Campolongo iniciou uma série de conferências nesta cidade e meu pai foi um dos obreiros que ajudaram na conferência evangelística. Creio que foi em 1971. Já no primeiro batismo tivemos quase 200 pessoas batizadas. Foi necessário alugar um salão e posteriormente construir uma nova igreja.
Eu atuava, montando o som, cuidando dos filmes (16 mm) e dos slides. Aí, talvez tenha início minha participação na comunicação da igreja.
A igreja de Votuporanga nunca mais seria a mesma, nem eu. Fiz bons amigos e amigas em Votuporanga. Lembro-me com saudades do Maurinho, do James (amigos inseparáveis), da Regina e da Vera (amigas inseparáveis). Já tem um bom tempo que não os vejo. Alguns deles, não vejo desde 1974. Apenas a Regina e seu esposo, que moram em São Paulo e tem uma linda família, me convidaram uma vez para almoçar com eles e foi um privilégio ver como Deus os abençoou.

Lutando com o Anjo Mau

Claro que alguns eventos foram marcantes, mas alguns foram especiais. Eu acompanhava o meu pai nos seus estudos bíblicos, e algumas vezes o demônio tomava conta das pessoas. Foi ali em Populina, que, pela primeira vez, pude ver as forças de Satanás se manifestando diante do ser humano. E meu pai lia a Bíblia diante daquelas pobres pessoas dominadas pelo anjo mau. Outras vezes cantava (ele cantava sempre o hino “Castelo Forte é Nosso Deus”). Ainda tenho em minha mente as imagens de uma visita que meu pai fez à casa da irmã Antonia (acho que esse era o seu nome) e ela estava possuída. Para piorar a coisa, a casa dela ficava do lado do cemitério. Interessante, que eu nunca ficava com medo. E ela ria do meu pai cantando. Na verdade, o demônio dentro dela é que ria. Mas, ali, à luz de lamparinas, pois não havia luz elétrica, meu pai continuava cantando. Um guerreiro de oração, que parecia tão frágil e sem poder.
Ainda me lembro dessa casa que por estar ao lado do cemitério convivia com clarões de fogo fátuo (um gás se desprende dos ossos e entra em combustão ao juntar-se com o oxigênio.). Aqueles clarões vagavam fantasmagoricamente pelos pastos e acendiam e apagavam. As pessoas pensavam que era “alma penada”.
Num dia especial, me lembro de outra casa. A mulher estava endemoniada. E ficou na minha mente o momento em que o demônio a deixou. Ele a sacudiu violentamente, e ela caiu da cama onde estava e foi para o chão.
Tudo isso era muito forte para uma mente infantil e talvez por isso permaneceu.
Uma noite, aconteceu algo incomum. Meu pai sonhava que estava lutando com o Diabo. Um anjo forte e bem mais alto do que ele. Tinha grandes asas (pelo menos essa é a figura que eu guardo em minha mente) e meu pai parecia tão fraco diante dele. Ele segurava as mãos de meu pai no alto. Na verdade era uma luta desigual. Meu pai recitava versos da Bíblia (esta era a arma de meu pai) e chegou o momento que meu pai parecia que ia vencer. Conseguiu fazer com que o anjo mau fosse ao chão e ele o pisou.
Neste momento acordamos com um forte estrondo no telhado e o bater pesado de asas.
Só por isso já seria de arrepiar, mas havia algo mais ainda. Não apenas o meu pai havia sonhado aquele sonho, mas minha mãe também estava sonhando o mesmo sonho e tudo leva a crer que eu também sonhava o mesmo sonho.
Já ouviram falar de teleconferência? Pois essa era uma espécie de “sonhoconferência”. Três sonhando o mesmo sonho ao mesmo tempo. Todos ouvimos o ruído e todos acordamos juntos.
Creio que Deus queria mostrar ao meu pai que ele deveria usar sempre a Palavra de Deus e seria vencedor. Na verdade, meu pai tem muitos e muitos textos da Bíblia de cor. Isso o ajudou muito em seu ministério. E assim foi que um simples professor, que naquela época tinha apenas o “ginásio” completo venceu o inimigo (claro que com a ajuda de Miguel e Sua Palavra).


Anjos nos defendem
Certa noite fomos visitar o irmão Ermelindo Martinelli e sua família. Enquanto os adultos ficavam na sala conversando as crianças foram brincar na frente da casa.
Ali estavam eu, a Emerli e o Mário Martinelli. Estávamos tranqüilos brincando quando ouvimos vozes. Ao sairmos para rua vi um grande número de pessoas que vinham falando em voz alta. Eles tinham paus e pedras nas mãos e pareciam zangadas.
Chamamos nossos pais e eles vieram para fora. Parece que houve uma conversa à distância. O fato é que os perseguidores deixaram ali os paus e as pedras e foram embora.
“O anjo do Senhor” continuava acampado ao nosso redor.

Certa noite fomos visitar o irmão Ermelindo Martinelli e sua família. Enquanto os adultos ficavam na sala conversando as crianças foram brincar na frente da casa.
Ali estavam eu, a Emerli e o Mário Martinelli. Estávamos tranqüilos brincando quando ouvimos vozes. Ao sairmos para rua vi um grande número de pessoas que vinham falando em voz alta. Eles tinham paus e pedras nas mãos e pareciam zangadas.
Chamamos nossos pais e eles vieram para fora. Parece que houve uma conversa à distância. O fato é que os perseguidores deixaram ali os paus e as pedras e foram embora.
“O anjo do Senhor” continuava acampado ao nosso redor.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Uma oração respondida


Em Populina me lembro de algumas experiências marcantes. Um sábado, acordamos cedo, e eu queria muito ir à igreja. No entanto chovia intensamente. Parece até letra de uma música que cantávamos naquela época: “Quando eu acordei hoje, chovia com intensidade. A rua estava cheia de lama na cidade. Tomei meu chocolate, era dia do Senhor. Abri meu guarda-chuva fui à igreja com louvor. Cantamos belos hinos, fizemos oração, ficamos bem quietinhos e estudamos a lição.”
Pois é... “chovia com intensidade”. Minha mãe disse: “Hoje não poderemos ir à igreja, pois está chovendo muito.”
Mas eu queria muito ir ao culto e tive uma idéia:
_ Mãe! Vamos fazer uma oração e pedir a Jesus que pare a chuva, pois assim a gente pode ir para a igreja.
A idéia me parecia simples e eficiente. Oramos, Jesus atende e a chuva para e poderemos ir para a igreja. Mas minha mãe ficou em dúvida. Ela pensava: “Se orarmos e a chuva não parar, ele pode perder a sua fé na oração. Mas, se eu não orar, ele vai pensar que eu não creio no poder da oração.” Foi então, que ela decidiu orar comigo.
Não me lembro da oração da minha mãe, mas a minha foi ao ponto: “Querido Jesus, por favor, pare a chuva, pois precisamos ir para a igreja. Em nome de Jesus, amém.”
O que vocês acham que fui fazer logo depois da oração?
Fui conferir a resposta. Fui para a porta para ver se Deus tinha atendido e parado a chuva. E... Aquele que disse “pedi e dar-se-vos-á” tinha atendido. A chuva tinha parado.
Eu só podia dizer: “Viu? Simples.”
Algo simples, realmente, mas eu nunca mais esqueci de que você pode pedir a Deus e que Ele atende. Ainda que seja a oração infantil de uma simples criança que morava na pequena e lamacenta cidade de Populina (além do “fim da linha”).

Década de 60 – Lembranças de Populina

Não demorou muito e meu pai foi chamado para ser o obreiro responsável pela escola e pela igreja de Ponta Porã no Mato Grosso (hoje MS). Ficamos muito pouco tempo lá. Não me lembro de praticamente nada desse tempo.
Mas neste lugar, minha mãe ficou muito doente. De fato, meu pai pensou que perderia sua esposa. Ela teve que vir para São Paulo para um tratamento doloroso e difícil. Naquele momento meu pai pensou que talvez não tivesse mais oportunidade de continuar trabalhando na obra Adventista, afinal ele tinha que deixar o trabalho inacabado no Mato Grosso para dedicar-se ao tratamento de minha mãe em São Paulo. Mas Deus tinha outros planos. E meu pai foi transferido para o interior de São Paulo.
A cidade era “fim de linha”. Na verdade, acho que era depois do fim da linha, pois você vinha de trem de São Paulo até Fernandópolis (quase no fim do estado de São Paulo) e tomava uma Jardineira (o ônibus de então) com destino a Populina. Se estivesse chuvoso era uma aventura inesquecível. Muitas vezes tinham que colocar correntes nos pneus da Jardineira para rodar por aqueles atoleiros.

Estas eram as antigas jardineiras
 (para os que não viveram nessa época em que os 
ônibus tinham essa forma, meio caminhão e meio ônibus)

Nesta pequena cidade, eu tenho minhas primeiras lembranças. Na igreja, na escola, saindo com o meu pai para dar estudos bíblicos... Ali também nasceram minha irmã e meus dois irmãos: Ester, David e Silas.
Alguns amigos daquela época ainda são amigos até o dia de hoje: Emerli Marinelli (hoje esposa do Pr. Cláudio Vilela) e o Mário Martinelli (hoje Pr. Mário Martinelli).
Outro, o Natanael Targas se tornou o meu concunhado muitos anos depois. Estudamos com o meu pai, Pr. Lázaro, que era o nosso professor naquela escolinha no fundo da igreja de Populina.
Trabalhei, quando adulto, dez anos como professor, e até hoje tento entender como o meu pai conseguia ensinar em uma classe que havia alunos de séries diferentes. Mas eu aprendi a ler e a escrever e isso mostra que dava certo.

Colocando a Voz da Profecia na cidade

Meu pai aprendeu a amar a Voz da Profecia antes de ser Adventista. Ainda solteiro, e trabalhando em um bar no centro de São Paulo, ele se lembra que saía correndo para tomar a condução que o levaria ao Ipiranga, onde morava. Ia depressa, porque não podia se atrasar, pois queria assistir ao programa que mais apreciava no rádio, A Voz da Profecia. Na verdade, o Pr. Roberto Rabelo teve participação importante em sua decisão para o batismo. E agora, anos mais tarde, na pequena Populina, ele decidiu colocar o programa no serviço de alto-falantes da cidade.
Na cidade não tinha uma emissora de rádio, mas tinha uma série de alto-falantes espalhados pela praça e também pelas ruas que funcionavam como uma espécie de rádio.
Ele pediu os discos e finalmente chegaram. No dia marcado fomos para a praça para ver a reação das pessoas que ouviriam o programa.
Quando o programa iniciou, algumas pessoas se irritaram com aquele programa de "crente" nos alto-falantes da cidade.
"Tira essa coisa daí!" Eles reclamaram com o dono e operador do serviço de alto-falantes.
"Eu prometi que ia tocar e vou tocar." Respondeu aquele senhor.
E foi assim que Populina, já naquela época fez parte das cidades por onde A Voz da Profecia foi irradiada.
Nunca imaginaria que anos depois eu produziria os programas A Voz da Profecia para a TV e minha esposa seria a secretária responsável pelos envios dos CDs e controles das emissoras de rádio que transmitiam o programa.

1957 - Inicia-se meu “Grande Conflito”



No início desse ano, talvez antes, na verdade não sei, Deus chamou um anjo e disse:
“Está vendo aquela cidade ali, Santo André, no estado de São Paulo, no Brasil? Ali tem um hospital, Hospital Brasil. Vai nascer naquele hospital um menino. O nome dele será Jonatan de Oliveira Conceição, filho de Lázaro Jovino da Conceição, o Lazinho. Sua mãe é a Alda Oliveira da Conceição. Quero que você fique com ele. Proteja-o no que for necessário e se possível, traga-o para mim.”
Esse anjo tem me acompanhado desde então. Só o vi uma vez. Pelo menos eu acho que vi. Foi um lindo sonho:
Eu estava numa janela olhando para um lugar branco, bem iluminado, mas que eu não saberia identificar. Um rapaz havia caído e estava no chão.
De repente, por outra janela ouvi um barulho forte, mas suave. Algo como um “PUFFFFFFF”. E dois anjos entraram voando. Eles estavam indo para atender o rapaz ferido.
Eles eram lindos. Transmitiam paz e felicidade. Sua roupa parecia um vapor de um branco brilhante. Por toda roupa parecia haver algo parecido com botões, mas eram luzes avermelhadas como se fosse de neon. Que espetáculo! Nunca me esqueci.
Então, como num passe de mágica, “caiu a ficha”. Olhei para um dos anjos e eu não sei explicar como, imediatamente, só de olhar para ele eu soube que era o meu anjo.
Uma alegria que nunca senti invadiu a minha alma e dentro de minha mente parecia explodir a frase: “É o meu anjo! É o meu anjo! Meu anjo!”
Claro que os dois perceberam minha alegria e ao mesmo tempo minha excitação e os dois pararam por um instante e olharam para mim. O outro anjo olhou para o meu anjo e disse apenas pelo olhar, porque ele não abriu a boca, mas o meu anjo entendeu: “Vá até lá e fique com ele um pouquinho, ele está tão feliz.”
Eu quase não podia acreditar. O meu anjo estava se aproximando. Que alegria! Que alegria! Nunca me senti tão feliz em toda a minha vida.
Infelizmente sonhos acabam nos melhores momentos. Acordei. Mas nunca me esqueci. E eu sei, que no momento em que eu ver o meu anjo, saberei com toda convicção de que é ele. O meu anjo. O mesmo que me acompanha desde 1957.
Não sei se foi no mesmo dia em que Lúcifer chamou um de seus anjos e disse:
“Está vendo aquele hospital ali em Santo André? Vai nascer ali um moleque. Parece que os pais já escolheram o nome para ele, Jonatan. Gruda nele e se possível acabe com ele.”
Felizmente o meu anjo, enviado por Deus, tem sido muito mais forte e poderoso. Espero que ele cumpra a sua missão e me leve de volta para o meu Pai, meu Deus.

Claro que a gente não se lembra do dia em que nasceu e muito menos dos primeiros momentos, mas tudo começou (pelo menos do lado de fora de minha mãe) no dia 04 de abril de 1957, em Santo André, no estado de São Paulo. Meu pai trabalhava na Casa Publicadora Brasileira. Minha mãe também fazia alguns desenhos para a CPB e um dos personagens criados por ela que permanece até hoje. É o Noguinho. Naquela época ela criava as “Cartas Enigmáticas do Noguinho”. Na verdade do Noguinho de minha mãe só sobrou o topete, porque ele foi mudando com o passar dos anos.
Deus me colocou em um lar Adventista e isto já é um privilégio muito grande.
Não me lembro, mas minha mãe conta que quando ainda pequeno, em Santo André, um dia estava brincando próximo à minha mãe, e havia um tanque, uma piscina nas imediações. E eu, curioso, descobrindo o mundo, fui em direção a esta piscina. Minha mãe, quando percebeu, eu já estava dentro d’água. Esse foi um dia em que o meu anjo trabalhou um pouquinho mais, e o anjo da minha mãe também, porque teve que acalmá-la.
“O anjo do Senhor se acampa ao redor dos que o temem e os livra.” Salmos 34:7

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

“Porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens.” I Coríntios 4:9 u.p.


Nos últimos anos as pessoas começaram a gostar de ver um pouco mais da realidade em vez da fantasia dos filmes que eram apresentados no cinema e na TV. As filmagens caseiras, as chamadas “pegadinhas”, logo fizeram sucesso nas televisões do mundo todo. E como as pessoas são curiosas e gostam de espiar o que os outros estão fazendo, alguém criou o programa “Big Brother”.


Eu pude ver a força que tem um Big Brother, ainda que os participantes durmam a maior parte do tempo.

Durante alguns anos moramos em um lugar afastado da cidade de Nova Friburgo. Nossa casa ficava entre as montanhas. Ali só chegava o sinal da TV se fosse via satélite. Decidimos colocar uma grande antena, mas voltada para o satélite onde estava a TV Novo Tempo. Sendo assim não tínhamos todos os canais brasileiros. Mas em compensação tínhamos vários canais em espanhol. Ficamos experts em entender a língua “hermana”.

Em um dos canais do satélite se transmitia 24 horas por dia o “Gran Hermano Ecuador” (o Big Brother deles). E vez por outra ficávamos um tempinho esperando que alguma coisa acontecesse ao longo do dia. O programa da noite era um compacto com os chamados “melhores momentos”.

Um dia estávamos assistindo, ou espiando, o Gran Hermano, e tudo estava parado. Estavam dormindo. Minha esposa dizia: “Espere. Vai acontecer algo.” E ela esperava, esperava, e nada.

Mudávamos de canal e aí estava passando um filme de ação, então ela dormia. Mas, depois de alguns minutos dormindo, acordava e pedia que colocássemos de novo no “Gran Hermano”. Tudo parado. Mas ela ficava atenta. Meu filho reclamava:

“Mãe, está tudo parado. Eles estão dormindo.”

“Calma, espere. Algo vai acontecer.” Respondia ela, mas nada acontecia.

Era mais divertito nossa reação do que o próprio programa.

Mas em 2009 ao vir com a minha família para a Ucrânia, e morarmos por algum tempo aqui em Kiev, decidi que deveria escrever um pouco das minhas memórias. Não será um reality show como o “Gran Hermano Ecuador”, mas procurarei mostrar os momentos que foram marcantes e gostaria de repartir com quem quer que leia essas minhas memórias.

Deus tem realmente feito coisas grandiosas em minha vida, e eu preciso louvá-lo todo o tempo.
"Grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres." (Salmos 126:3)


Breve Biografia


Jonatan de Oliveira Conceição é filho do Pr. Lázaro Jovino da Conceição e da desenhista Alda Oliveira da Conceição. Nasceu no dia 04 de abril de 1957, na cidade de Santo André, SP. Estudou no IASP, Hortolândia, e IAE, em S. Paulo. É formado em Educação Artística, Música, Administração Escolar e Teologia.


É casado com Priscila Gordim Conceição e tem dois filhos, Jonathan Gordim Conceição e Samuel Gordim Conceição.

Jonatan iniciou o seu trabalho para a Igreja Adventista do Sétimo Dia no Conservatório Musical Adventista no antigo IAE (hoje UNASP Campus 1) em 1977.

Entre os anos 1978 e 1988 lecionou em diversas escolas adventistas. Na Escola Adventista do Capão Redondo lecionou Música, Educação Artística e Religião; na Escola Adventista da Vila das Belezas e Cotia lecionou Música e Educação Artística; na Escola Adventista do Campo Limpo, além de lecionar Música e Educação Artística, dirigiu o conservatório da escola e foi vice-diretor. Em 1987 passou a dirigir a Escola Adventista da Alvorada, onde permaneceu dois anos. No final de 1988 foi fundado um setor de vídeo para as escolas adventistas que recebeu o nome de CAVE (Central Adventista de Vídeos Educativos) e Jonatan foi escolhido como seu primeiro diretor.

Devido seu gosto por imagens, iniciou como hobby as filmagens e edições em 1974 ao comprar sua primeira filmadora. O que era hobby se tornou trabalho ao ser chamado para trabalhar no estúdio de TV da Voz da Profecia em março de 1989. A Voz da Profecia tinha seu estúdio em Curitiba, onde eram gravados os programas Encontro Com a Vida e Fé Para Hoje, entre outros. Este estúdio foi transferido para o Rio de Janeiro em 1992. Nesse período, Jonatan O. Conceição era o diretor do departamento de TV da Voz da Profecia e produzia os programas Encontro Com a Vida e Fé Para Hoje.

No final de 1995 foi fundado o Sistema Adventista de Comunicação e no ano seguinte a TV ADSAT Novo Tempo em Friburgo, RJ. Nessa fase, ainda em Friburgo, Jonatan atuou como produtor e apresentador de vários programas.

Entre os vários programas produzidos por Jonatan se encontram Fé Para Hoje, Voz da Profecia, Encontro Com a Vida, ADSAT em Louvor, Jesus a Voz de Deus e Está Escrito.

Embora tenha participado de diversos programas, tornou-se conhecido por apresentar o programa Lições da Bíblia por muitos anos. Programa que também tinha sua participação na Rede de Rádios Novo Tempo.

Ajudou na organização da primeira transmissão ao vivo de TV da Igreja Adventista em 1993, quando foi transmitido o programa de 50 anos da Voz da Profecia, no Ginásio da Portuguesa de Esportes.

Em 1995 participou da primeira transmissão ao vivo de uma reunião da Conferência Geral da Holanda para o Brasil.

Participou do início da TV ADSAT Novo Tempo no Brasil e fez a direção de imagens da primeira transmissão ao vivo em 1996, na cidade de Manaus.

No final de 2002 foi convidado para ser o gerente de produção da TV Nuevo Tiempo que estava começando, atuando nessa função por dois anos.

De 2006 a 2008 foi o diretor das TVs Novo Tempo e Nuevo Tiempo.

Foi ordenado ao ministério Adventista como pastor no dia 6 de dezembro de 2008.

No primeiro semestre de 2009 foi convidado pela Conferência Geral para participar do Hope Channel em língua russa e por isso desde novembro de 2009 está morando em Kiev na Ucrânia.

Durante o período que atuou na comunicação na igreja teve oportunidade de viajar por diversos países e participar de cursos no Brasil e no exterior.

Estudioso da profecias da Bíblia, crê que a segunda vinda de Cristo é iminente e escreveu um livro (ainda não publicado) sob o título “Chegou a Hora” (Apoc. 14:15). Sempre que é convidado tem falado sobre esse assunto que está disponível na internet em seu Blog jonatanconceicao.blogspot.com .