Naturalmente os preparativos tinham sido realizados com bastante antecedência, mas em transmissões ao vivo, não basta se preparar, é preciso ser proativo e tentar se antecipar aos problemas. Quando se tem dinheiro sobrando isso é mais fácil, mas quando não se tem, é um pouco mais difícil.
Mas como iniciamos as nossas gravações no dia 19 de fevereiro, fomos corrigindo os erros que foram surgindo e aperfeiçoando, na medida do possível, o que já estava bom.
Foi assim que problemas na internet foram corrigidos. Problemas com o áudio foram solucionados. Problemas com o cenário, em que a cor estava muito pálida, foi corrigido. Imprimimos um novo banner e colocamos atrás do primeiro. Isso acentuou a cor.
Até uma das câmeras que vinha dando problema, e nós achávamos que era o nosso cabo, pois esse tipo de cabo, multicore (ou multi-cabo), tem uma série de pequenos fios dentro de um fio grosso, e é comum que um desses fiozinhos se rompam, causando problemas. Um dia a câmera 3 parou de funcionar. Como faltavam 15 minutos para o início do programa, decidi passar a câmera 1 para o lugar da câmera 3 e continuar com apenas 3 câmeras.
Tiramos a câmera defeituosa e eu a levei para o local onde tínhamos montado o nosso QG. Qual não foi minha surpresa ao ver que a câmera parecia partida ao meio. Na verdade dois parafusos haviam se soltado, e a frente da câmera, havia se separado da parte detrás da câmera. Muito provavelmente pelo transporte nada convensional que usamos para traze-la para a Moldova.
Colocamos os parafusos, reapertamos e ela voltou a funcionar. O problema era simples, graças a Deus.
Mas, uma questão que me preocupava era o uplink, o caminhão com equipamentos que manda o sinal para o satélite. No mês de dezembro cogitamos em trazer o equipamento da América, mas os altos custos com transporte e alfândega, e mesmo a legalização da transmissão em um pais com regras ainda antiquadas e cheio de burocracia, fizeram o Pr. Daniel optar por alugar o equipamento na Moldova.
Uma coisa que eu saberia depois: em todo pais da Moldova existem apenas 3 equipamentos desse tipo: um estava quebrado, o outro pertencia à TV do governo e o terceiro foi o que alugamos.
Portanto não havia opções. E mesmo o aluguel foi feito via uma companhia que não era a dona do equipamento. Durante várias semanas o Marcelo Valado, o responsável por transmissões ao vivo do Hope Channel, tentou falar com os responsáveis, e cada vez mais ele ficava preocupado, pois parecia que ninguém entendia do equipamento.
Eu tentava "apertar" o Pr. Daniel para falasse sério com o pessoal do uplink, que ameaçasse trazer outro da Ucrânia, porque eles se mostravam muito distantes e isso não nos dava segurança. Mas o Pr. Daniel dizia que não tinha outra opção.
Eu sabia que não tinha na Moldávia, mas nos países vizinhos como a Romênia e a Ucrânia, tinha equipamento à vontade, e eu achava que deveríamos deixar alguma coisa engatilhada, no caso dessa companhia da Moldova falhar.
Marcamos um teste de transmissão para a sexta-feira, dia 26 de fevereiro, se houvesse algum problema ainda teríamos quase uma semana para resolvermos os problemas. O caminhão chegou pouco depois das duas da tarde e o teste seria às três, mas visivelmente eles tinham problemas em manusear o equipamento. Também tinham esquecido o cabo para conectar o vídeo e o áudio do equipamento da TV para o caminhão. Já eram 15:20 quando conseguiram conectar tudo, mas aí, não conseguiam achar o satélite. Finalmente, lá pelas 17:30 acharam o satélite. Mas o nosso tempo reservado para o teste já tinha passado. Pensei comigo, se fosse a transmissão de um jogo de futebol ao vivo, não teria ido para o ar. Só imaginei como funcionava esse tipo de coisa com as TVs locais.
Só no outro dia mandei um e-mail para o Marcelo. Começava assim:
"Oi Marcelo
Eu fico até imaginando o que você está pensando com respeito ao pessoal daqui em Moldova, ou de nossa pequena equipe. Porque deveríamos fazer o teste na sexta-feira, conforme o combinado, e simplesmente o teste não aconteceu.
Mas vamos por etapas. Primeiro deixa-me dar as informações que o pessoal do uplink, com certeza não mandou pra você."
Contei pra ele o que havia acontecido. Mandei as fotos que tirei do caminhão. Passei os tipos e modelos dos equipamentos que tinha dentro do caminhão e pedi um novo dia para fazermos o teste.
Não sei o que aconteceu, mas o Marcelo não respondia, e eu enviei outro no dia primeiro de março, pedindo o teste para o dia seguinte.
Ele respondeu que não seria possível, mas que na quarta-feira poderíamos fazer o teste.
Isso era muito preocupante, porque a transmissão seria na quinta-feira, e se não funcionasse?
O teste do dia 3, quarta-feira foi um desastre. O que deveria durar apenas 15 minutos, durou mais de ½ hora no satélite, com uma imagem horrível, com falhas na imagem e no áudio.
O Marcelo me dava as instruções em português e pedia alguma coisa, mas o técnico dizia: “Esse caminhão não é um laboratório, para ficar fazendo experiências, não vou mudar nenhum cabo.”
Eu tentava mostrar a ele, que tínhamos anos de experiência, e o que estávamos pedindo eram ajustes que ele poderia fazer e não danificaria nenhum aparelho. Mas como me parecia cabeça dura, aquele senhor. Bonzinho, mas teimoso, só servia do jeito dele, e do jeito dele não teria transmissão.
Tentava mostrar isso a ele, mas parece que não adiantava.
O Marcelo pediu que ele ajustasse o equipamento em uma regulagem, para ver se melhorava a coisa.
Ele dizia: “Esse equipamento não faz esse tipo de regulagem, é automático.”
Eu tentava usar uma ilustração para ver se ele entendia:
“Olhe”, eu dizia, “se você uma maquina fotográfica e ela está no automático, muitas vezes você não tem a melhor foto. Então vamos deixar o automático de lado e usar o manual.”
Não adiantava.
A mim pareceu que eles tinham ganhado aquele "brinquedo novo" e não sabiam manuseá-lo corretamente.
Finalmente o técnico sugeriu mudar a freqüência que estávamos trabalhando. Mas o Marcelo disse: “Não vai resolver nada, apenas teremos que gastar mais U$ 8000,00 para termos a mesma qualidade horrível de imagem. Mas podemos fazer o teste de novo se vocês quiserem."
Perguntei pra ao técnico, "se nós fizermos a transmissão na freqüência que você sugeriu e não funcionar, você aceita fazer os testes e mudanças que sugerimos?”
Ele respondeu: “Mas vai dar certo.”
“Ok! Mas e se não der, você aceita as nossas mudanças?”
A resposta foi não. Ele não mudaria.
Marcamos os teste, mas estávamos preocupados.
Comecei a pensar em alternativas, mas o Pr. Daniel não queria pensar em alternativas. ele dizia que sempre tiveram esses tipos de problemas nesse campo. Que o inimigo não queria que o trabalho fosse realizado, que tínhamos que orar.
De fato ele reuniu o grupo que oraram em duplas e depois juntos de mãos dadas e pediram ao Senhor que nos ajudasse a resolver o problema.
No culto daquela noite o Pr. Daniel me contou que estava muito preocupado com a transmissão. E no momento final, na hora da oração, o Pr. Peter Kulakov disse para quem tivesse um pedido especial de oração levantasse a mão durante a oração.
O Pr. Daniel levantou a mão e pediu a Deus que solucionasse o problema que tínhamos e que lhe desse paz.
Ele me contaria mais tarde:
"Enquanto estava com a mão levantada, senti como se alguém tivesse tocado a minha mão. Talvez ninguém tenha tocado, tenha sido apenas impressão. Mas senti como se Deus tivesse tocado a minha mão. E depois daquilo senti uma paz muito grande. Fiquei confiante que tudo seria resolvido."
O teste, um dia antes da transmissão
O caminhão chegou no horário previsto, e a dúvida era:
Será que o Sr. Peter, o técnico aceitaria as nossas sugestões?
Ligamos tudo. Conseguimos a autorização para por o sinal no satélite e agora aguardei o Marcelo.
"Como está a imagem aí na Califórnia, Marcelo?" Perguntei.
A resposta não foi animadora.
"Jonatan, a imagem está horrível. Muito branca. Pixalizando e com o som falhando. E o sinal de vídeo está muito baixo. Com essa imagem será impossível a transmissão."
Eu e o Marcelo tentamos convencer o Sr. Peter a fazer os ajustes que sugerimos, mas não adiantava.
O Marcelo sugeriu usarmos outro meio de transmissão. Gravarmos em um dia, enviarmos por internet e colocar no ar com um dia de atrazo.
Essa era uma sugestão que o Pr. Daniel não queria nem falar a respeito. Todos esperavam que a transmissão saísse ao vivo.
Descobriria na próxima semana, que eu era a pessoa em que eles depositavam a esperança de que tudo seria corrigido.
Eu? Justo na área de satélite em que eu sempre me mantive distante. Desde o início o Marcelo e o Jorge foram os que mais se dedicaram a essa área.
Primeira transmissão da IASD na Moldova
Finalmente chegou o dia, nada poderia dar errado. Não era ainda o primeiro dia de conferencias, mas seria um culto especial. Serviria para todas as igrejas checarem se tudo estava bem. Seria um momento especial de louvor e oração.
O caminhão chegou no horário combinado, mas realmente ainda não tinha certeza de que tudo sairia bem. Por isso havíamos marcado um longo tempo no satélite. Teríamos cerca de duas horas para tentar fazer a coisa funcionar.
Felizmente, o Sr. Peter trouxe o tal cabo que ele dizia ser especial para fazer o teste que havíamos pedido. Com esse teste ele poderia ver o que estava ocorrendo. Demorou um bom tempo para colocarem esse cabo. A mim me pareceu que nunca tinham feito tal teste.
Felizmente, cabo instalado, e agora a imagem...
A imagem apareceu, mas pixalizando, que é quando a imagem para e continua com um monte de quadradinhos na tela. O som também cortava e imagem estava horrível.
Era isso que o Marcelo tinha visto no dia anterior. Os meus temores aumentaram mais ainda.
O Marcelo ligou e perguntou como estava a coisa. E eu lhe contei o que estávamos vendo. Perguntei se valeria a pena fazer o teste no satélite. Ele disse que se fosse com aquela imagem, nós estaríamos pagando para ver a mesma imagem só que há milhares de milhas de distancia.
Mas o Peter foi ajustando e melhorou um pouquinho, mas não o suficiente.
Decidimos fazer o teste com a outra regulagem (outra freqüência), melhorou, mas não o suficiente.
Mas finalmente o Sr. Peter conseguiu uma imagem aceitável. Decidimos não mexer e fazermos a transmissão daquele jeito.
Durante toda transmissão o Marcelo foi pacientemente instruindo o Sr. Peter. Foram cerca de 3 horas no celular, sem desligar, falando com o Sr. Peter. E Deus creio que fez uma mudança na mente do Sr. Peter, pois ele passou a ouvir o Marcelo e seguir todas as sugestões que o Marcelo passava para ele. No final do culto ele diria ao Pr. Daniel, em russo: “não importa a idade”, ele aparenta ter perto de 60 anos, “a gente sempre está aprendendo.”
Embora para nós, técnicos e mais exigentes, a imagem podia ser melhor, as pessoas assistiram e gostaram.
O Pr. Daniel ligou para todos os campos da Divisão Euro Asiática e de Moscou à Bielorrússia; e da Estônia ao Kazacstão, todos estavam felizes com a transmissão. (Nossa! Não é que rimou? E eu não fiz de propósito.)
O frio havia voltado e soprava um vento gelado, mas o coração dos irmãos estavam aquecidos e todos estávamos felizes com a transmissão.
À noite tivemos no jantar um prato especial. Não é assim o meu preferido, mas é um prato tradicional da Moldova. É uma espécie de um pastel, feito com massa de macarrão (pelo menos parece) e recheado com purê de batata ou ricota.
Eu realmente acho pesado para a noite, mas o povo daqui janta mesmo, e eu, como estava com fome, entrei nesse tal pastel.
Às duas horas da manhã acordei. O tal pastel havia feito efeito. Um terrível dor de cabeça me acordou.
Levantei bebi um pouco d’água, fui até o banheiro. Decidi tomar um comprimido para dor de cabeça.
Depois de uma hora percebi que o comprimido não faria nenhum efeito. Minha digestão estava parada. Nada era absorvido, nem remédio.
Mudei de estratégia, tomei água morna, porque não tinha nenhum digestivo à mão. Tentei dormir, porque se eu não dormisse seria pior, mas dormir com dor de cabeça e o estômago embrulhado é difícil. Pensei em vomitar, e acho que teria melhorado, mas não estava com tanta vontade assim. Continuei com o tratamento da água morna.
Dormia, acordava, água morna, dormia. Isso se repetiu até de manhã.
Decidi tomar outro comprimido para dor de cabeça, mas não adiantou nada, parece que a coisa do estômago parado ainda continuava.
Não tomei o “zaftrak” (café da manhã), fiquei só na água morna.
Começaram a ficar preocupados comigo, mas eu disse que não se preocupassem.
A hora do almoço chegou e eles me convidaram, eu decidi não almoçar também. Ainda estava arrotando os tais pasteizinhos do dia anterior.
Decidi sair para comprar alguma coisa, para comer depois. O frio realmente havia voltado e pequenos flocos de neve começavam a cair. Coloquei as minhas mãos no bolso para aquecer.
Segundo dia de transmissão, mas tecnicamente o primeiro
Estava chegando o momento do que poderíamos dizer era, tecnicamente, o primeiro dia de transmissão da série evangelística que tinha como nome “Segredos de Deus Revelados”.
O Marcelo ligou uma hora antes do combinado. Acho que ele estava tão ansioso que até se confundiu com o horário, e o coitado acordou uma hora mais cedo. Porque enquanto para mim na Moldova era de tarde, lá na Califórnia, onde o Marcelo estava, ainda amanheceria.
Ele disse em tom de brincadeira:
“Eu poderia ter dormido uma hora a mais. Essa transmissão vai sair cara. Pode avisar ao Pr. Daniel.”
Eu respondi:
“Marcelo, relate no Sábado como horas de auxílio humanitário para a Moldova.”
Nós rimos e ele ficou de ligar uma hora mais tarde.
O Sr. Peter chegou e para demonstrar mais conhecimento do assunto disse que tinha feitos alguns testes em seu laboratório e que hoje a transmissão sairia muito melhor.
Isso foi muito bom, porque realmente saiu muito melhor. Louvado seja o nome do Senhor. Afinal o trabalho é dEle e para Ele.
O frio realmente havia voltado. A neve começou a cair de novo e a temperatura foi lá pra baixo de novo. Ou melhor foi lá para abaixo de zero. Enquanto conversava com o Sr. Peter ou o Marcelo pelo telefone cobria minha cabeça com o capuz de meu casaco. Mas mesmo esse casaco feito para agüentar essas temperaturas não aquecia o suficiente nessa hora.
Esse foi um dia muito importante. Personalidades importantes da igreja da região estavam presentes. Tínhamos conosco o Pr. Arthur Estelle, o presidente da Divisão Euroasiática (ESD), o Secretário e o tesoureiro da Divisão também vieram. Foi bom encontrar o Pr. Billi, porque ele é argentino e era bom falar com alguém em uma língua mais parecida com o nosso português.
Vladimir Hoteanu, ministro da saúde da República da Moldávia
Não apenas personalidades da igreja estavam presentes, mas representantes do governo da Moldova, como um ministro de estado, um deputado e outros representantes de outros setores públicos estavam presentes. Eles puderam falar da importância da difusão da Bíblia para a sociedade e assistiram todo o sermão.
Como era de se esperar o Pr. Peter Kulakov mencionou a restrição de liberdade religiosa que existiu na época do regime soviético e a liberdade que temos agora.
Realmente acho que isso é digno de nota. Antes, os lideres do governo proibiam a Palavra de Deus e agora permitem o livre uso e até elogiam a Bíblia Sagrada.
Sei que teremos pouco tempo para terminarmos a obra aqui, pois breve chegará o dia que a Bíblia descreve como um “tempo de aflição qual nunca houve.” Esse tempo antecederá a segunda vinda de Cristo. Vamos trabalhar enquanto há tempo.
Depois da transmissão me convidaram para jantar, eu agradeci, preferia voltar para o meu apartamento. A cabeça ainda doía e embora melhor, sentia os efeitos do pasteizinhos. Fui para o quarto e dormi.
Foi uma boa noite de sono. Quando acordei no dia seguinte, ainda poderia dormir mais, mas já passava das 7 horas, então me preparei para o culto. Olhei pela janela e tudo estava branco de novo. Durante toda noite a neve foi caindo e branqueando a paisagem.
Paisagem que vi, olhando pela janela naquela manhã
Rua ao lado da igreja
Naquele sábado, quando cheguei na igreja tudo estava branco e a paisagem voltou a ser linda. Mas o frio também voltara, e as luvas, o chapéu e a roupa tinha que voltar a ser a de inverno mais pesado. Mas a igreja estava cheia. Uma nova era parecia raiar na Moldova.
Pessoas chegando para o culto
Um sábado frio, mas com os corações aquecidos
Tivemos a transmissão praticamente sem problemas. Houve um pequeno corte na transmissão que durou menos de um minuto, mas para quem imaginou que talvez nem tivéssemos transmissão, o que é um pequeno corte?
No programa da noite foi mencionado os países de onde tínhamos resposta de pessoas assistindo. Até no distante Azerbaijão haviam pessoas assistindo. Saberia mais tarde que a liberdade de assistir a cultos, ainda que pela televisão, não é livre em alguns países da Divisão Euro asiática. Pois dois pastores haviam sido presos pela polícia por estarem com a TV ligada na igreja e as pessoas assistindo às conferências do Pr. Peter Kulakov.
O caminhão de up-link no sábado
Mas ao final todos estavam felizes. Podia-se ver no rostos dos pastores que o resultado superara as expectativas. Ou que os objetivos estavam sendo alcançados.
Após a programação conversei com alguns dos pastores e era evidente a satisfação com o resultado. Me elogiaram, como se eu tivesse feito algo extraordinário para que a transmissão fosse um sucesso. Num trabalho como esse, e como em outros também, dependemos das bênçãos de Deus. E aprendi há muitos anos atrás que televisão não é feita por uma só pessoa, mas todo um grande grupo de colaboradores e cada um tem uma importância fundamental.
Naquela noite, como em todas as outras, os pastores se reuniram em uma sala para a oração de agradecimento pelo que Deus tinha feito e pelo que estava fazendo pelo evento. Me lembro do Pr. Biaggi iniciar a oração com um “te agradecemos Pai por...” e durante vários minutos ele foi descrevendo os motivos de agradecimento. A oração era em inglês, de forma que eu podia entender. Mas havia tradução para o russo, para que todos entendessem.
Igreja no sábado nevado
Naquela noite, apos o programa, saí e fui a um supermercado próximo a igreja. O frio de cerca de sete graus negativos não me incomodava. Pequenos flocos de neve caíam sobre o meu casaco impermeável. As mãos estavam protegidas com as luvas e tinha o meu boné com abas para cobrir as orelhas. Enquanto andava por entre os prédios e via as pessoas nas ruas, eu fiquei mais uma vez me questionando: Porque estou aqui Senhor? Será que eu realmente sou necessário aqui? Ou será que o Senhor está me dando a oportunidade de aprender alguma coisa nesse lugar? Ó Senhor, me use de acordo com o propósito que o Senhor tem para mim.